A depressão desencadeia processos inflamatórios?
Sim, a depressão pode, indiretamente, aumentar o risco de infecções. Isso ocorre porque a depressão está intimamente ligada ao sistema imunológico, e seu impacto pode deixá-lo mais vulnerável.
Veja como essa relação acontece:
Impacto no sistema imunológico: A depressão, especialmente quando crônica, pode levar a alterações no sistema imunológico. Isso inclui a liberação prolongada de hormônios do estresse, como o cortisol, que em níveis elevados, pode suprimir a função imunológica. Essa supressão dificulta a capacidade do corpo de combater vírus, bactérias e outros patógenos.
Inflamação crônica: Estudos mostram que pacientes com depressão frequentemente apresentam aumento de marcadores inflamatórios no sangue, mesmo sem uma doença física identificável. Essa inflamação crônica pode contribuir para um sistema imunológico desregulado.
Comportamentos de risco: Pessoas com depressão podem ter dificuldade em manter hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos regulares e sono adequado. Além disso, podem ter maior propensão a fumar ou consumir álcool, o que também compromete a saúde geral e a imunidade. Esses fatores indiretamente contribuem para a vulnerabilidade a infecções.
Círculo vicioso: A própria depressão pode gerar mais estresse, criando um ciclo que perpetua a disfunção imunológica e a vulnerabilidade a doenças.
É importante ressaltar que não é a depressão diretamente que "causa" a infecção, mas sim as alterações fisiológicas e comportamentais que ela pode induzir no organismo, comprometendo a capacidade de defesa.
Portanto, buscar tratamento para a depressão não só melhora o bem-estar mental, mas também pode fortalecer a saúde física e a resistência a infecções.
Ricardo Santana, Neuropsicólogo, CRP15 0180, (82)99988-3001, Maceió/AL
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